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sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Some historical anniversaries of authors and works related to economics that we'll celebrate in 2023

I made this short list of historical anniversaries of authors and works related to economics that we'll celebrate in 2023. No purpose intended, just for fun. Of course, it is far from complete. 

Adam Smith (1723-1790)Starting with the most important date: the 300th anniversary of Adam Smith's birth. 

Adam Ferguson (1723-1816)It's also 300 years since Adam Ferguson was born.

The 300 years of the birth of Paul Heinrich Dietrich von Holbach (Baron d'Holbach). 

The 300 years of the birth of Dr. Richard Price. 

 The 300 years of the birth of Pedro Rodríguez de Campomanes. 

The 300th anniversary of the death of Bishop William Fleetwood. 

The 300 years of the second edition of The Fable of the Bees: Or private vices, publick benefits, by Bernard Mandeville. 

The 300th anniversary of the edition of the Dictionnaire universel du commerce, by Jacques Savary de Bruslons. 

The 250 years of the birth of James Mill. 

250 years since the birth of Jean-Charles-Léonard Simonde de Sismondi. 

The 250 years since the edition of Table raisonnée des principes de l'économie politique, by Pierre Samuel DuPont de Nemours. 

David Ricardo (1772-1823)The 200 years of the death of David Ricardo. 

The 200th anniversary of the birth of John Elliot Cairnes. 

The 200 years since the birth of Reverend Thorold Rogers. 

The 200th anniversary of the birth of John Kells Ingram. 

The 200th anniversary of the publication of The Measure of Value, by Thomas R. Malthus. 

The 200th anniversary of the publication of Grundriss der Kameralwissenschaft oder Wirthschaftslehre für encyklopädische Vorlesungen, by Karl Heinrich Rau.

 The 200th anniversary of the publication of Thoughts and Details on the High and Low Prices of the Thirty Years from 1793 to 1822, by Thomas Tooke. 

John Stuart Mill (1806-1873)In the second half of the 19th century, the number of authors and books multiplied. I mention just a few anniversaries that seems to be the most important dates: 

The 150th anniversary of the death of John Stuart Mill. 

The 150 years since the publication of Lombard Street: A description of the money market, by Walter Bagehot. 

The 150 years since the creation of the Verein für Socialpolitik. 

Now, going back to the 17th century, there are other commemorative dates that deserve to be recorded, starting with the 400th anniversary of the birth of William Petty.

The 400th anniversary of the birth of Thomas Papillon and the 400th anniversary of the death of Leonardo Lessius. 

The 400th anniversary of the publication of Edward Misselden's The Circle of Commerce

The 400th anniversary of the publication of The Center of the Circle of Commerce, by Gerard de Malynes.

 And, finally, the 350th anniversary of the publication of De officio hominis et civil juxta legem naturalem, by Samuel Pufendorf.

 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Para ler a Riqueza das Nações de Adam Smith, com Maria Pia Paganelli


A Riqueza das Nações é daqueles livros que todo mundo comenta, mas pouca gente leu de verdade. A partir de agora, há uma boa razão pra isso deixar de ser assim. É que acaba de ser lançado o guia para leitura da Riqueza das Nações preparado pela minha amiga querida, Maria Pia Paganelli!
 
Intérprete aguda e original de Smith, Maria Pia é professora da Trinity University e presidente da International Adam Smith Society
 
Seu guia apresenta, capítulo a capítulo, os principais conceitos que estruturam o livro de Adam Smith, situando suas ideias em seu contexto original e apontando aquilo que em sua obra fala ao nosso tempo.
 
Parte do livro foi elaborada durante sua estadia como professora visitante na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 2016, quando lecionou um curso sobre a Riqueza das Nações para alunos do Programa de Pós-graduação em Economia do CEDEPLAR-FACE-UFMG, o que é uma razão adicional para eu ter ficado muito contente de ver o texto publicado.
 
Aviso: o fato dela ter incluído meu nome nos agradecimentos é pura generosidade de amiga. A verdade é que, independentemente da nossa amizade, eu só posso recomendar enfaticamente a leitura do guia pra quem quiser estudar e conhecer em detalhe a obra de Smith. O meu exemplar, claro, já está encomendado.
 
A propósito, quem quiser conhecer mais sobre a leitura de Smith proposta pela Maria Pia, sugiro este artigo escrito no mesmo período de sua visita e apresentado numa mesa do Seminário de Diamantina de 2016. Publicado na revista Nova Economia do ano seguinte, está em acesso aberto e é uma boa discussão do "por que ler Smith depois de tanto tempo?".

Este outro artigo, publicado no número mais recente da mesma revista e tambem em acesos aberto, trata do tema de sua apresentação num outro Seminário de Diamantina, o de 2014, assunto que frequentou nossas conversas por algum tempo.
 
Parabéns, Maria! E boa leitura pra todos!
 
 

 

domingo, 11 de julho de 2021

Podcast: uma conversa sobre Adam Smith e o iluminismo escocês

 

Há alguns dias comentei em redes sociais a respeito de um artigo sobre o contexto social e intelectual em que Adam Smith desenvolveu suas ideias, o Iluminismo escocês. O artigo estava completando 15 anos de publicação e, eu dizia, penso que "envelheceu bem". 
 
Nesta semana, meu colega e amigo, Alexandre Mendes Cunha, me convidou para gravar o primeiro episódio de seu novo podcast, ipsis litteris, e a conversa girou justamente em torno daquele texto, das razões que me levaram a escrevê-lo e do porquê penso que continua tendo algum interesse.
 
A proposta do podcast é esta, a de apresentar as questões e motivações que deram origem a alguns dos textos que estão na bibliografia da disciplina História do Pensamento Econômico, disciplina que lecionei na graduação por muitos anos e que, mais recentemente, tem sido lecionada pelo Alexandre. Por esta razão, ele está voltado principalmente para os alunos de Economia da UFMG, mas acredito que os temas tratados ali serão de interesse para um público mais amplo. 
 
A propósito, é uma feliz coincidência que o podcast tenha sido lançado justamente na semana em que a UFMG anunciou sua nova política de divulgação científica
 
A nossa conversa está disponível no site do podcast. Pra quem se interessar em ler o texto, ele pode ser encontrado no RePEc:
 
Mais uma vez, agradeço ao Alexandre pelo convite e desejo vida longa ao ipsis litteris.
 
 
 
 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Teodor Shanin (1930 - 2020)

A primeira vez em que ouvi falar de Teodor Shanin foi durante minha graduação. Alguns de seus textos eram leitura recomendada numa disciplina de Economia Agrícola, ministrada pela saudosa Maria Regina Nabuco. Ela era uma professora que, além de competente, era muito entusiasmada, e tinha retornado há pouco tempo do doutoramento na Universidade de Manchester, na Inglaterra, onde Shanin lecionava desde 1974. Lembro que a lista de leituras da disciplina era extensa, um verdadeiro guia pra quem quisesse entender o assunto.

Naquele tempo, de bibliotecas paupérrimas e em que não havia internet, era comum que cada professor organizasse apostilas com cópias dos textos indicados. As apostilas da Regina eram muitas e alentadas, e incluíam textos de Peasants and Peasant Societies, um volume (um reader) editado por Shanin com trabalhos de referência sobre o campesinato e as relações de produção no campo, temas em que ele tinha se tornado um pesquisador renomado. Eu era ignorante demais pra poder compreender a importância do que estava lendo então e recordo que tinha enorme dificuldade de entender as diferenças entre as várias formas de relações de produção não-capitalistas que nos eram apresentadas. Lembro que acabei fazendo um trabalho em grupo para aquela disciplina, que consistia de alguma econometria bem básica com dados dos censos agrícolas de 1960 e 1975: um desafio pra quem trabalhava com calculadoras Texas ou HP, mas que também não deixava de ser uma forma de escapar do problema de entender aquele emaranhado de conceitos teóricos.

Somente anos mais tarde é que fui ler outro dos livros mais importantes de Shanin, Late Marx and the Russian Road: Marx and the Peripheries of Capitalism, em que ele discute o modo como Marx aborda as sociedades ditas periféricas, como a Rússia: suas particularidades e os desafios de pensar suas formas próprias de transição para a modernidade. Além de capítulos escritos por Shanin e seus colegas, o livro reunia uma versão em inglês da famosa troca de cartas entre Vera Zasulich e Marx, incluindo os vários rascunhos da resposta de Marx que foram descobertos por Riazanov, e que são tão reveladores das dificuldades enfrentadas por Marx em sua reflexão sobre o assunto, bem como textos de Chernyshevsky e documentos do movimento revolucionário Narodnaya Volya, que de algum modo influenciaram a compreensão de Marx sobre a situação russa e, por extensão, dos países periféricos. A publicação deste livro deu início a um debate sobre o tema que se estende até hoje em dia e que venho tentando acompanhar.

Ontem fui surpreendido com a notícia da morte de Shanin na terça-feira, 04/02. Lendo os poucos obtuários publicados até aqui, descobri coisas sobre ele que ignorava completamente: que, quando era adolescente, esteve exilado com a família na Sibéria; que participou da guerra na Palestina em 1948-9, a guerra que levou à independência de Israel; e que criou e dirigiu uma Escola de Ciências Sociais e Econômicas de Moscou (Shaninka), instituição financiada com recursos do fundo criado por Geroge Soros, e que foi parte de um longo esforço empreendido por Shanin, iniciado ainda durante a perestroika, para renovar o ensino de humanidades na Rússia.

Dizem que ele era um tipo quixotesco, dado a encarar desafios tidos por impossíveis, e a levar cada um deles até seu bom termo. O que sei é que ele foi um acadêmico e pesquisador de grande estatura e que a marca característica de seu trabalho era a busca da interdisciplinaridade. Uma marca que que já se evidencia em seus estudos de graduação, cursados em sociologia e em economia, e que se explicita em suas obras, que combinam métodos e recursos teóricos de sociologia, história, economia, política e filosofia. Marca que se deixa também revelar nos autores que Shanin citava como influências determinantes de seu trabalho: Mark Bloch, Alexander Chayanov, Charles Wright Mills and Paul Baran. Interdisciplinaridade que, longe de ser um capricho ou moda, colocou-se como uma exigência para quem, como ele, buscou superar visões simplistas e deterministas dos processos de modernização social, procurando compreender a natureza complexa das sociedades ditas não-desenvolvidas ou em desenvolvimento e desafiando a maneira como a economia convencional ou neoclássica analisa e propõe políticas para estas sociedades. Sua obra fica, certamente, como exemplo e inspiração.

Teodor Shanin (1930-2020)



segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Claudio Napoleoni (1924-1988), ou a falta que uma foto faz

Destas coisas curiosas, mas que, talvez, só sejam curiosas pra mim.

Os que são da minha geração e estudaram economia provavelmente leram alguma coisa de Claudio Napoleoni (1924-1988), mesmo que não se lembrem disso. Seus livros -- Smith, Ricardo e Marx, O valor na ciência econômica, Curso de economia política, O pensamento econômico no século XX, Lições sobre o capítulo sexto -- foram traduzidos para o português ainda no final dos anos 1970, portanto, a tempo de serem adotados nas disciplinas de HPE e de Economia Política dos cursos de graduação e pós-graduação daquela época e constam das referências de boa parte do que foi publicado no mesmo período por brasileiros que pesquisavam estas áreas.

Não era hábito, então, o que se tornou costumeiro mais tarde: publicar, na segunda orelha do livro, uma foto e uma pequena biografia do autor do volume. De fato, aquelas traduções sequer tinham orelhas. Pior, a edição brasileira de Smith, Ricardo e Marx, publicada pela Graal, notabilizou-se pela encadernação barata, feita com cola e sem costura, garantia de que as páginas se soltariam com pouco uso, e pelos inúmeros erros de composição, com linhas inteiras omitidas ou trocadas entre parágrafos de páginas distintas.

Voltando ao ponto: na falta da orelha e da foto do autor, eu nunca soube qual seria a pinta do Napoleoni. Naturalmente, isso não me impediu de imaginá-lo todo este tempo. Para mim, o nome de Napoleoni evocava a imagem de Norberto Bobbio. Claro, eu sempre soube que eram duas pessoas diferentes, com ideias diferentes, mas imaginava o primeiro parecido com o segundo. E, pensando bem, esta associação tinha lá suas razões de ser: ambos eram autores italianos, ambos foram muito traduzidos e publicados no Brasil naquele período, ambos organizaram dicionários importantes (um de economia política, o outro de política) e, finalmente, ambos foram membros do Senado italiano. A diferença é que Bobbio esteve no Brasil, salvo engano em 1983, e por isso sua foto circulou na imprensa, ao passo que Napoleoni, até onde sei, nunca veio ao país, onde seguiu sendo uma figura intelectualmente conhecida, mas dotada de um semblante que podia apenas ser imaginado (não havia google images naquela época, é bom lembrar).

Hoje, meio ao acaso, deparei com o anúncio do relançamento de um livro dele -- Discorso sull’economia politica, que, até onde sei, nunca foi traduzido para o português -- e, bingo! Lá estava a foto do autor, em preto e branco, com um par de óculos de armação grossa que não escondiam seu olhar meio sério, meio irônico, meio bonachão. Sem dúvida, uma figura muito diferente da que eu imaginei por tanto tempo. Diria, pra resumir, que Napoleoni saiu-se mais aprumado e simpático, bem melhor que a encomenda.

Não sei se, a esta altura, alguém ainda lê Napoleoni no Brasil. Eu continuo indicando seus livros em disciplinas que leciono, mas não me iludo sobre isso, que não é garantia sequer de que meus alunos o leiam. Vá saber...

O fato é que, mesmo ali onde não compartilho da sua interpretação sobre algum assunto ou passagem, seus textos continuam tendo algo a me dizer. No mínimo, ajudaram a conformar algumas perguntas que ainda me acompanham. E, agora, revelada a estampa do autor, vão estar associados à verdadeira figura de quem os escreveu. 

Claudio Napoleoni (1924-1988)

terça-feira, 2 de julho de 2019

Ortodoxos e heterodoxos em economia

Diz-se que os economistas dividem-se em ortodoxos e heterodoxos. Isso muita gente sabe.

Há quem pense que a divisão é uma criação recente e tipicamente nacional. Enganam-se. É antiga e continua presente em outras partes do mundo.

Este achado do François Alisson (@F_Alisson) é precioso: uma definição proposta em 1863 por P.-O. Protin em seu Les économistes appréciés, ou Nécessité de la protection (Paris: Dentu, 1863).
Diz o seguinte:

"Il y a des économistes qui se sont arrêté à Adam Smith, Ricardo, Malthus , Rossi, J.-B. Say, et qui disent : la science est faite ; nous n'avons plus qu'à en répandre les bien faits, à la vulgariser, en la rectifiant sur quelques points secondaires. Ce sont les fidèles ou orthodoxes.
D'autres, plus hardis ou plus aventureux, ne consentent pas à s'en tenir aux théories des maîtres, parce qu'ils les trouvent insuffisantes, défectueuses même en plus d'un endroit. Ce sont les infidèles ou hétérodoxes. Ce n'est pas arbitrairement que nous établis sons cette distinction dans l'École : ce sont les économistes eux-mêmes qui se sont ainsi dé finis."

Mal e porcamente traduzido (alguém corrija o que couber, por favor):
"Há economistas que pararam em Adam Smith, Ricardo, Malthus, Rossi, J.-B. Say, e que dizem: a ciência está feita; temos apenas que espalhar os benefícios, popularizá-los, corrigindo-os em alguns pontos secundários. Estes são os fiéis ou ortodoxos.
Outros, mais ousados ou mais aventureiros, não consentem em se ater às teorias dos mestres, porque as consideram inadequadas, e até mesmo defeituosas em mais de um aspecto. Eles são os infiéis ou heterodoxos.
Não é arbitrariamente que estabelecemos essa distinção na Escola: são os próprios economistas que se definiram assim."

É ou não é uma beleza? Link pra quem quiser seguir o fio.



terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Obras Clássicas do Pensamento Económico Português

Boa notícia: os 30 volumes da coleção Obras Clássicas do Pensamento Económico Português, editada por José Luís Cardoso, estão disponíveis agora em meio eletrônico. São vinte títulos lançados nos anos 1990, mas há muito esgotados ou difíceis de encontrar.

Preciosidades pra quem é do ramo.



sábado, 25 de agosto de 2018

V Ciclo de Seminários sobre Metodologia e História do Pensamento Econômico no Cedeplar-UFMG.

Sete anos depois do primeiro evento, está tudo pronto para a retomada dos Ciclos de Seminários sobre Metodologia e HPE no Cedeplar-UFMG.

Entre 2011 e 2013, o Cedeplar, através do Grupo de Pesquisa em Metodologia e História do Pensamento Econômico, promoveu quatro ciclos de seminários que contaram com a participação de pesquisadores renomados do Brasil e do exterior. 

O objetivo daqueles eventos era o de promover uma maior integração entre os pesquisadores atuantes no Brasil nas áreas de História do Pensamento Econômico e Metodologia da Economia, criando e consolidando laços de cooperação acadêmica inter-institucional no âmbito nacional. Adicionalmente, buscamos consolidar o Cedeplar e a UFMG como centros de referência no Brasil para todos aqueles envolvidos com pesquisas nestas duas áreas.

A repercussão alcançada à época não deixou qualquer dúvida sobre o êxito da iniciativa. Cinco anos mais tarde, depois de uma interrupção provocada por diferentes razões, estamos retomando a organização dos seminários, na expectativa de alcançar o mesmo êxito.

Nesta nova etapa, nosso primeiro convidado será Pedro Vianna Faria,ex-aluno da graduação em economia e da pós-graduação em filosofia da UFMG que, atualmente, está cursando o doutorado em história na Universidade de Cambridge. Pedro vem se dedicando desde sua graduação à investigação das relações entre a filosofia moral e a teoria social de David Hume. No seu seminário, ele apresentará um texto recentemente preparado para a 45th Hume Society Conference.

O evento acontecerá na sexta-feira, 31/08, às 14 horas, no auditório 2 da FACE-UFMG. O texto em que se baseará a apresentação está disponível para leitura.

Contamos com a presença de todos!





quinta-feira, 24 de maio de 2018

O velho Marx

Marcello Musto, professor da Universidade de York (Canadá), estará no Cedeplar-UFMG para apresentar um seminário sobre as pesquisas de Marx nos últimos anos de sua vida.

O evento, organizado pelo grupo de pesquisa em Economia Política Contemporânea, acontecerá na segunda-feira, 04/06, às 11h, no auditório 1 da FACE-UFMG e integra a série de Seminários do Programa de Pós-graduação em Economia.

O Professor Musto é autor do livro O Velho Marx, cuja tradução está sendo lançada no Brasil pela Editora Boitempo.

O seminário é aberto ao público interessado. Estão todos convidados!


The research of the late Marx

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Michael Heinrich na UFMG: A Atualidade de 'O Capital' (2)

Aqui está a íntegra da conferência sobre 'A Atualidade de O Capital', proferida pelo Professor Michael Heinrich no dia 26/05/17, durante as comemorações dos 90 anos da Universidade Federal de Minas Gerais e dos 150 anos de publicação do livro I de O Capital.




 
Aproveito a oportunidade para agradecer a todos que estiveram presentes e, sobretudo, aos colegas da UFMG que com seu trabalho tornaram possível a realização deste evento.
#ufmg90anos

terça-feira, 23 de maio de 2017

Conferência de Michael Heinrich na UFMG

O Professor Michael Heinrich, um dos mais renomados intérpretes contemporâneos do pensamento de Marx, estará na Universidade Federal de Minas Gerais nesta semana para proferir uma das conferências do ciclo UFMG, 90: desafios contemporâneos. O tema de sua apresentação será "A Atualidade de O Capital". O evento é parte da comemoração dos 90 anos da nossa Universidade, bem como dos 150 anos de publicação da obra de Marx.

Heinrich é um dos responsáveis pela edição da Marx-Engels-Gesamtausgabe, a edição histórico-crítica das obras e manuscritos de Marx e Engels. É editor da revista Prokla - Zeitschrift für kritische Sozialwissenschaft  e autor de livros como Die Wissenschaft vom Wert (A ciência do valor) e Kritik der politischen Ökonomie. Eine Einführung (Uma introdução à crítica da economia política), que ainda são pouco conhecidos no Brasil. Atualmente, dedica-se à redação de uma biografia intelectual de Marx cujo primeiro volume deverá ser publicado simultaneamente em alemão, francês, inglês e português em 2018.

A conferência vai ser proferida em inglês e contará com tradução simultânea. Vai acontecer na sexta-feira, 26/05, às 11h, no auditório 1 da FACE.


Conferência de Michael Heinrich na UFMG (sexta, 26/05, 11h)

domingo, 12 de fevereiro de 2017

O Capital de Marx depois da MEGA2

A Fundação Rosa Luxemburgo organizou em janeiro deste ano uma conferência comemorativa dos 150 anos de publicação do primeiro volume de O Capital. Entre as apresentações realizadas no evento, inclui-se uma plaestra proferida por Michael Heinrich sobre a recepção de O Capital depois da publicação dos volumes da segunda seção da nova Marx-Engels-Gesamtausgabe, a MEGA2.

Michael Heirinch, que visitará o Brasil em 2017, é um dos expoentes da chamada Neue Marx-Lektüre e autor de diversos livros sobre a obra de Marx, entre os quais Die Wissenschaft vom Wert. Die Marxsche Kritik der politischen Ökonomie zwischen wissenschaftlicher Revolution und klassischer Tradition, cuja tradução inglesa deve ser lançada neste ano, e uma consagrada introdução a leitura d'O Capital, já traduzida para o espanhol e o inglês. Atualmente, dedica-se a preparação de uma nova biografia de Marx, prevista para três volumes, dos quais o primeiro será lançado em 2018.

O tema da apresentação de Heinrich - as revisões e controvérsias sobre a interpretação do pensamento de Marx após a publicação de textos inéditos pela MEGA2 - foi abordado em um artigo que publiquei recentemente e que pode ajudar a compreender o contexto destas discussões.


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Segesta lança tradução do Tratado da Circulação e do Crédito, de Isaac de Pinto.

Tratado da Circulação e do Crédito, de Isaac de PintoPor alguma razão, o lançamento em 2015 da tradução de Tratado da Circulação e do Crédito, de Isaac de Pinto, passou-me despercebido. O volume é o décimo-terceiro título da coleção Raízes do Pensamento Econômico, publicada por uma pequena editora de Curitiba, a Segesta, que há dezesseis anos vem editando uma seleção preciosa de alguns dos textos mais importantes da história do pensamento econômico.

A coleção já publicou obras de autores conhecidos da maioria dos economistas ou mesmo do público letrado, como Adam Smith, Benjamin Franklin, David Ricardo, Cantillon e Simonde de Sismondi. Publicou também autores sobre os quais poucos leitores fora do círculo dos especialistas ouviram falar, como Geminiano Montanari, Ferdinando Galiani ou Antonio Serra.

Isaac de Pinto integra esse último grupo. Nasceu em Amsterdã, em 1717, numa família de judeus de origem portuguesa, ligados ao comércio e às finanças. Seu pai, David Pinto, foi um dos mais ricos membros da comunidade sefardita de Amsterdã na primeira metade do século XVIII. Isaac seguiu os passos do pai, tornando-se acionista e diretor da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, bem como da Companhia Holandesa das Índias Orientais, e uma das figuras mais importantes da vida política e financeira em Amsterdã. Em 1759, em meio a Guerra dos Sete Anos, levantou um empréstimo de seis milhões e seiscentas mil libras para o governo inglês, valor que montava a quase 1/4 do total da dívida pública daquele país.

Traité de la circulation et du crédit, de Isaac de Pinto
Frontispício da primeira edição (1771)
do Tratado da Circulação e do Crédito.
A partir de então, seus negócios sofreram reveses que levaram a uma mudança de rumos em sua vida: mudou-se para Paris e deu início a composição de um conjunto variado de textos, que incluíram um tratado sobre questões monetárias, cujo manuscrito fez circular entre diferentes leitores, entre os quais, David Hume. Apesar de divergirem acentuadamente a respeito das questões relacionadas ao endividamento público, Hume o encorajou a publicar a obra. A edição original, com o título de Traité de la circulation et du crédit, apareceu em 1771 (e não em 1770, como sugere a tradução brasileira recém lançada). Três anos depois, uma versão em inglês foi publicada com o título de An Essay on Circulation and Credit in Four Parts. Apesar disso, o livro teve escassa circulação e repercussão

O Tratado abordava um conjunto variado de temas: a liberdade de comércio, a circulação monetária, o consumo de supérfluos, o sistema tributário e o endividamento público. Ao tratar de cada desses assuntos, Isaac de Pinto não hesitou em confrontar as visões estabelecidas por alguns dos expoentes do Iluminismo, como Voltaire, Mirabeau e Hume. Seus argumentos, apesar de originais, não foram suficientes para estabelecer sua reputação entre os analistas econômicos da época. De todo modo, a leitura do Tratado segue sendo esclarecedora do contexto e dos debates que deram origem à economia política como campo disciplinar. Para quem quiser se aprofundar na compreensão da obra, há um bom comentário escrito por José Luís Cardoso e António de Vasconcelos Nogueira, dois estudiosos portugueses.

Registro aqui meu reconhecimento e gratidão à pequena editora Segesta e ao seu proprietário e editor, Andrea Vicentini, pelo lançamento de mais essa tradução. Ninguém deve se enganar quanto a natureza do trabalho que ele vem desenvolvendo à frente da coleção Raízes do Pensamento Econômico. Andrea e sua Segesta não escolheram publicar traduções de livros antigos, de autores quase obscuros, com a expectativa de obter alguma vantagem pessoal ou lucro. Tanto assim que, além das cópias impressas que vende diretamente por meio de seu site, os volumes lançados pela editora estão igualmente disponíveis em meio eletrônico aos interessados, sem qualquer custo. Trata-se, é claro, de um trabalho movido por generosidade e paixão, que só o tornam ainda mais especial e merecedor de nosso agradecimento e simpatia. Parabéns, Andrea!



Andrea Vicentini, editor da Segesta
(foto publicada no jornal Valor, em 03/09/12).





sábado, 21 de maio de 2016

The History of Economic Thought Website está de volta


Criado por Gonçalo Fonseca em 1998, The History of Economic Thought Website foi das melhores coisas feitas no tempos heróicos da internet, quando a gente se encantava com a simples possibilidade de encontrar versões eletrônicas de textos que sempre víamos citados mas que dificilmente estavam disponíveis nas bibliotecas brasileiras. Depois do pioneiríssimo McMaster Archive for the History of Economic Thought, desenvolvido por Rod Hay, foi o meu site predileto entre os recursos on line para estudar economia.

Os tempos mudaram. Importar livros ficou incrivelmente mais fácil e rápido. Vieram as edições em pdf, os e-books, alguns deles disponíveis a um clique mesmo pra quem não tiver um tostão. E, finalmente, surgiram recentemente as versões on line de manuscritos guardados em arquivos espalhados pelo mundo. Tudo isso tornou possível aquilo que dez ou vinte anos atrás era simplesmente impensável: pesquisar sobre a história do pensamento econômico em qualquer parte do mundo, praticamente sem ter que sair de sua casa ou do escritório.

Apesar dessas mudanças, o site do Gonçalo Fonseca continua uma ferramenta útil e bastante confiável para estudantes que queiram começar a se orientar nesse mundo de autores e livros. Ele é uma espécie de repositório de links para textos de (e sobre os) autores que marcaram a história das ideias econômicas, todos eles disponíveis gratuitamente na internet. Mais que isso, é um esforço de apresentar de modo breve a biografia e as ideias de mais de mil diferentes autores, situando-os no contexto das várias escolas de pensamento e dos temas e controvérsias que marcaram a trajetória da disciplina.

Nostalgia à parte, é uma excelente notícia saber que o website está novamente disponível para consulta. O relançamento tornou-se possível por meio de um apoio dado pelo Institute for New Economic Thinking (INET). O conteúdo do site ainda está sendo atualizado, mas ninguém que seja minimamente interessado em economia vai se arrepender se gastar um pouco de seu tempo passeando pelas suas milhares de páginas. Divirtam-se!


domingo, 13 de julho de 2014

A História do Pensamento Econômico, de Isaac Rubin

A tradução da História do Pensamento Econômico
lançada no Brasil.
Recebi nessa semana um dos lançamentos mais aguardados desse ano, a tradução de História do Pensamento Econômico, de Isaac Rubin. O livro acaba de ser lançado pela Editora da UFRJ, numa edição elegante e bem cuidada. A tradução foi feita por Rubens Enderle a partir de versão inglesa de Donald Filtzer, e contou com a revisão técnica de Maria Malta e Rodrigo Castelo. 

Como expliquei em um post anterior, tive a honra de ser convidado para escrever, juntamente com o meu amigo João Antonio de Paula, a apresentação do volume. A íntegra dessa apresentação pode ser baixada no Econpapers

O livro já está chegando às livrarias, mas será lançado oficialmente no dia 13 de agosto, numa mesa redonda na UFRJ.



Complemento em 13/09/14

A Editora UFRJ preparou um vídeo sobre o lançamento do livro, com um pequeno depoimento meu e da minha colega, Profa. Maria Malta. Ele pode ser conferido abaixo:





sábado, 16 de novembro de 2013

Seminários do Professor Susumu Takenaga no Cedeplar

Estamos nos preparando para receber a visita do Professor Susumu Takenaga, da Faculdade de Economia da Universidade Daitobunka (Tóquio, Japão), que virá a Belo Horizonte na última semana de novembro, atendendo a um convite do grupo de pesquisa em Economia Política Contemporânea do Cedeplar. O objetivo dessa visita é a realização de reuniões de trabalho sobre um conjunto de manuscritos inéditos de Marx, textos que vem sendo investigados simultânea e independentemente pela equipe do Cedeplar e por pesquisadores japoneses, e que reúnem notas tomadas por Marx sobre as crises econômicas da década de 1860.

No que diz respeito ao grupo do Cedeplar, esse trabalho rendeu a publicação de um artigo em 2013, Notes on a crisis: the Exzerpthefte and Marx’s Method of Research and Composition, que discute o  manuscrito B113 (veja esse post sobre o artigo). O Prof. Takenaga, por sua vez, é membro, desde 1998, do comitê editorial japonês da Marx Engels Gesamtausgabe (MEGA), a edição histórico-crítica das obras completas de Karl Marx e Friedrich Engels. Seu grupo está encarregado da edição dos volumes 17, 18 e 19 da quarta seção da MEGA, que abrigarão os textos compilados por Marx em seus cadernos de excertos dos anos 1860, e que tratam de temas de interesse para sua pesquisa com vistas à redação d'O Capital.

Prof. Susumu Takenaga
(foto do site da Berliner Verein zur
Förderung der MEGA-Edition e.V.)
Nascido em 1949, Takenaga é mestre em Economia pela Universidade de Osaka. Doutorou-se, em 1984, pela Universidade de Paris X (Nanterre), onde defendeu uma tese sobre as diferenças entre a teoria marxiana do valor e a dos economistas clássicos. Essa tese foi publicada em 1986 com o título de Valeur, formes de la valeur et étapes dans la pensée de Marx.

Desde então, Takenaga tem desenvolvido pesquisas nas áreas de economia política marxista e de história do pensamento econômico, com ênfase nas obras de Ricardo e outros economistas clássicos. Publicou mais de 50 artigos e organizou vários livros, dos quais o mais recente é Ricardo on money and finance: a bicentenary reappraisal (Routledge, 2013). Foi também o responsável pela tradução japonesa do clássico Ensaios sobre a teoria marxista do valor, de autoria de Isaak Rubin. Ao contrário das traduções para línguas ocidentais, que se basearam na versão inglesa feita a partir da terceira edição russa, a versão japonesa tem um interesse particular por ter partido do texto ampliado da quarta e última edição russa, que teve uma circulação restrita em função da prisão de Rubin.

Além das reuniões de trabalho com os pesquisadores do Cedeplar, o Prof. Susumu Takenaga fará duas atividades públicas durante sua visita. Na quarta-feira, 27/11, ele apresentará o seminário Isaak Rubin and his essays on Marx's theory of money. Na oportunidade, vai discutir o Ensaio sobre a teoria do dinheiro de Marx, um texto pouco conhecido de Rubin, que permaneceu inédito até 2012 e que, atualmente, só está disponível em edições russa e alemã. A apresentação será apoiada no texto Essays on Marx’s theory of money of I. I. Rubin.




Na quinta-feira, 28/11, Takenaga apresentará o seminário The editorial work of the MEGA, em que discutirá os resultados do trabalho da equipe japonesa responsável pela edição da Marx Engels Gesamtausgabe (MEGA). A apresentação tomará por base o texto Marx’s excerpt notebooks on the crisis of the mid-1860’s.





Os dois eventos serão realizados no Auditório 3 da FACE-UFMG, às 16 horas, e são abertos a todos os interessados.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

IV Ciclo de Seminários em Metodologia e História do Pensamento Econômico

A exemplo do que aconteceu nos últimos três semestres, realizaremos em 2013 mais um Ciclo de Seminários em Metodologia e História do Pensamento Econômico
Trata-se do quarto evento de uma série organizada pelo Cedeplar-UFMG, através do seu Grupo de Pesquisa em Metodologia e História do Pensamento Econômico, e que visa promover uma maior integração entre os pesquisadores brasileiros das áreas de HPE e Metodologia da Economia, além de consolidar o Cedeplar como locals de referência no Brasil para todos aqueles envolvidos nessas duas áreas de pesquisa.

Estão previstas três sessões, que serão realizadas na manhã e tarde do dia 12 de junho (quarta-feira):

9h30 - 11h30
Convidado: Prof. Pedro Cezar Dutra Fonseca (UFRGS)
Tema: A gênese do desenvolvimentismo latino-americano
Texto-base da apresentação: Gênese e precursores do desenvolvimentismo no Brasil

14h00 - 16h00
Convidado: Prof. David Dequech (Unicamp)
Tema: As instituições da economia como disciplina e instituições na economia como objeto
Texto-base da apresentação: será divulgado oportunamente

16h15 - 18h15
Convidado: Prof. Pedro Garcia Duarte (USP)
Tema: Economics at MIT and its graduate networks: the early years
Texto-base da apresentação: será divulgado oportunamente






Os seminários serão abertos aos interessados e acontecerão no auditório 4 da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (ver o mapa). O evento conta com o apoio financeiro do Programa de Apoio Institucional a Eventos da UFMG (PAIE).

PS em 15/06/13: confira abaixo um pequeno registro fotográfico do seminário:


A teoria de Marx sobre as crises: um seminário com Jorge Grespan

Na próxima quarta-feira, 5 de junho, Jorge Grespan virá ao Cedeplar-UFMG para participar da série de seminários da área de Economia.

Grespan é professor do Departamento de História da USP e um estudioso da obra de Marx. Graduou-se em economia e em história naquela universidade e doutorou-se em filosofia pela Unicamp, com uma tese sobre o conceito de crise na Crítica da Economia Política. Esse trabalho deu origem ao livro O Negativo do Capital, cuja segunda edição foi recém-lançada.
 
Em seu seminário, Grespan retornará ao tema da crise na perspectiva marxiana. Para estimular o debate, ele sugere a leitura prévia dos textos A crise de sobreacumulação e Uma teoria para as crises.
 
O seminário acontecerá às 16 horas, no bloco de auditórios da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG. O evento é aberto a todos os interessados.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Isaac Rubin e a história do pensamento econômico

Na área de economia política, um dos lançamentos aguardados no ano de 2013 é o da tradução brasileira de Istoriya Ekonomicheskoi mysli, obra do grande economista russo, Issac Rubin. O volume, um manual de história do pensamento econômico para ensino universitário, foi publicado em 1926  e reeditado algumas vezes nos anos seguintes. Tinha originalmente 39 capítulos que, na segunda edição, foram acrescidos de mais um. Eles tratam do mercantilismo e da fisiocracia, do pensamento econômico de Adam Smith e David Ricardo, chegando até ao período do declínio da Escola Clássica. Foi originalmente pensado para ser lido e estudado juntamente com um volume de Clássicos da economia política do século XVII até meados do século XIX, uma compilação organizada por Rubin de textos de economistas clássicos e pré-clássicos.

O lançamento dessa tradução para o português vem sendo preparada pela Editora da UFRJ, tendo a frente do projeto a Professora Maria Malta e o saudoso Professor Carlos Nelson Coutinho, que faleceu no ano passado, antes de ver o livro publicado. Em 2012, eles nos convidaram - a mim e ao meu colega e amigo, João Antonio de Paula - para escrever uma apresentação do livro. O convite foi aceito de pronto e o resultado é esse texto que acaba de sair na série de Textos para Discussão do Cedeplar-UFMG:
João Antonio de Paula, Hugo E. A. da Gama Cerqueira. Isaac I. Rubin e sua história do pensamento econômico. (Texto para discussão, 469) Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2013.
Frontispício da edição russa de 1929 da
História do Pensamento Econômico.
O texto, ao qual é possível ter acesso através do link acima, faz uma breve exposição sobre a biografia de Rubin. Em seguida, discute as tentativas de Karl Marx de escrever uma história crítica da economia política e, à luz desses elementos, analisa o sentido do esforço teórico de Rubin em sua História do Pensamento Econômico.

Lembro que a importância de Isaac Rubin e de seu livro sobre A teoria marxista do valor foram o tema de um dos primeiros comentários postados nesse blog. Nossa expectativa é de que a publicação dessa tradução da História do Pensamento Econômico sirva aos leitores brasileiros e de outros países de língua portuguesa como um meio de estimular o estudo das ideias dos economistas clássicos e de auxiliar na compreensão da crítica de Marx à economia política. Será também uma oportunidade para que esses mesmo leitores avaliem o legado de Isaac Rubin e homenageiem sua memória e seu trabalho, retirando-os do esquecimento e do silêncio em que foram lançados pelo stalinismo. Que o valor de Rubin possa ser reconhecido com justiça por aqueles que vieram depois.




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

III Ciclo de seminários: Marco Cavalieri fala sobre o lugar de Veblen na academia americana

Vai chegando ao final o III Ciclo de Seminários em Metodologia e História do Pensamento Econômico promovido pelo Cedeplar. Na segunda-feira, dia 26 de novembro, realizaremos o último evento dessa série, para o qual convidamos o Prof. Marco Antonio Ribas Cavalieri, da UFPR.

Marco Cavalieri é um dos excelentes alunos que passaram pelo Cedeplar e, mais que tudo, um bom amigo. Cursou aqui seu doutorado em economia, tendo defendido uma tese sobre o pensamento e o tempo de Veblen, trabalho que foi orientado por João Antonio de Paula e ganhou o Prêmio UFMG de Teses em 2010.

No texto que servirá de base para seu seminário, Marco volta a examinar a obra de Veblen e discute o lugar que ele ocupava entre os economistas americanos de seu tempo. Analisando a  audiência, o contexto e a estrutura da argumentação empregada por aquele autor em textos publicados entre 1898 e 1909, Marco propõe uma interpretação da estratégia retórica que ele adotou para criticar e, ao mesmo tempo, "reinventar a tradição" do pensamento econômico que o antecedeu.

O seminário será aberto a participação de todos os interessados e acontecerá na segunda, 26/11, às 14h30, no auditório 2 da FACE-UFMG. Estão todos convidados!



Veblen entre economistas


PS em 03/12/12: confira abaixo um pequeno registro fotográfico do seminário: