terça-feira, 2 de julho de 2019

Ortodoxos e heterodoxos em economia

Diz-se que os economistas dividem-se em ortodoxos e heterodoxos. Isso muita gente sabe.

Há quem pense que a divisão é uma criação recente e tipicamente nacional. Enganam-se. É antiga e continua presente em outras partes do mundo.

Este achado do François Alisson (@F_Alisson) é precioso: uma definição proposta em 1863 por P.-O. Protin em seu Les économistes appréciés, ou Nécessité de la protection (Paris: Dentu, 1863).
Diz o seguinte:

"Il y a des économistes qui se sont arrêté à Adam Smith, Ricardo, Malthus , Rossi, J.-B. Say, et qui disent : la science est faite ; nous n'avons plus qu'à en répandre les bien faits, à la vulgariser, en la rectifiant sur quelques points secondaires. Ce sont les fidèles ou orthodoxes.
D'autres, plus hardis ou plus aventureux, ne consentent pas à s'en tenir aux théories des maîtres, parce qu'ils les trouvent insuffisantes, défectueuses même en plus d'un endroit. Ce sont les infidèles ou hétérodoxes. Ce n'est pas arbitrairement que nous établis sons cette distinction dans l'École : ce sont les économistes eux-mêmes qui se sont ainsi dé finis."

Mal e porcamente traduzido (alguém corrija o que couber, por favor):
"Há economistas que pararam em Adam Smith, Ricardo, Malthus, Rossi, J.-B. Say, e que dizem: a ciência está feita; temos apenas que espalhar os benefícios, popularizá-los, corrigindo-os em alguns pontos secundários. Estes são os fiéis ou ortodoxos.
Outros, mais ousados ou mais aventureiros, não consentem em se ater às teorias dos mestres, porque as consideram inadequadas, e até mesmo defeituosas em mais de um aspecto. Eles são os infiéis ou heterodoxos.
Não é arbitrariamente que estabelecemos essa distinção na Escola: são os próprios economistas que se definiram assim."

É ou não é uma beleza? Link pra quem quiser seguir o fio.



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