Aprendi muito ouvindo os colegas e agradeço de coração à Profa. Cristina Alvim e a todos os membros do Comitê de Enfrentamento a Pandemia na UFMG. Agradeço também às equipes do Cedecom e da CAC pelo registro.
Laura Mattos
é professora do Departamento de Economia da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Seus trabalhos abordam da teoria econômica e da filosofia social de
autores como Adam Smith, John Stuart Mill e Alfred Marshall. Ela é autora de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais e do livro Economia política e mudança social: a filosofia econômica de John Stuart Mill (São Paulo: Edusp, 1998), que resultou de sua tese de doutoramento em
Economia na USP.
A crise econômica de 2008 deu início a um debate acalorado sobre a eventual responsabilidade da teoria econômica e dos economistas em relação aos fatos e políticas que levaram à crise. Não apenas a maioria da profissão foi incapaz de prever a iminência de uma ruptura de grandes dimensões, como boa parte da teoria convencionalmente aceita negava a própria possibilidade de uma crise dessa natureza. Essa controvérsia envolve aspectos teóricos e metodológicos, como também suscita a discussão de uma série de temas relacionados ao comportamento moral de professores e pesquisadores proeminentes da área.
O vídeo abaixo foi produzido por um grupo de historiadores do pensamento econômico responsáveis pelo blog History of Economics Playground, com o apoio do Institute for New Economic Thinking (INET). Ele reúne pesquisadores importantes como George Akerlof, Brad DeLong, Ha-Joon Chang, James Galbraith e outros, que apresentam sua visão sobre a dimensão ética do trabalho dos economistas e sobre o papel ideológico da teoria econômica. São opiniões diferentes acerca da presença ou não de conflitos de interesses na pesquisa e no trabalho de consultoria prestado por economistas acadêmicos, bem como sobre o efeito que esses interesses divergentes podem ter sobre a formulação de políticas econômicas.
Seria a economia uma ciência corrompida pelos objetivos e prioridades de bancos, empresas e governos que financiam o trabalho de pesquisadores "promovidos" a consultores? Assista o vídeo e conclua você mesmo.
Dizer que os economistas erram sistematicamente em suas previsões é chover no molhado. Dizer que na imensa maioria das vezes eles se recusam a admitir os próprios erros, também. Mas há situações que vão além do simples erro teórico e envolvem a violação de princípios básicos de honestidade intelectual.
Frederic Mishkin
Este parece ser o caso do renomado Frederic S. Mishkin, professor na Graduate School of Business da Columbia University e pesquisador associado do National Bureau of Economic Research. Mishkin já foi consultor do Banco Mundial, do FMI e de vários bancos centrais, além de ter ocupado, entre 2006 e 2008, uma das diretorias do banco central americano, o Federal Reserve System.