segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Interesses e economia

A crise econômica de 2008 deu início a um debate acalorado sobre a eventual responsabilidade da teoria econômica e dos economistas em relação aos fatos e políticas que levaram à crise. Não apenas a maioria da profissão foi incapaz de prever a iminência de uma ruptura de grandes dimensões, como boa parte da teoria convencionalmente aceita negava a própria possibilidade de uma crise dessa natureza. Essa controvérsia envolve aspectos teóricos e metodológicos, como também suscita a discussão de uma série de temas relacionados ao comportamento moral de professores e pesquisadores proeminentes da área.

O vídeo abaixo foi produzido por um grupo de historiadores do pensamento econômico responsáveis pelo blog History of Economics Playground, com o apoio do Institute for New Economic Thinking (INET). Ele reúne pesquisadores importantes como George Akerlof, Brad DeLong, Ha-Joon Chang, James Galbraith e outros, que apresentam sua visão sobre a dimensão ética do trabalho dos economistas e sobre o papel ideológico da teoria econômica. São opiniões diferentes acerca da presença ou não de conflitos de interesses na pesquisa e no trabalho de consultoria prestado por economistas acadêmicos, bem como sobre o efeito que esses interesses divergentes podem ter sobre a formulação de políticas econômicas.

Seria a economia uma ciência corrompida pelos objetivos e prioridades de bancos, empresas e governos que financiam o trabalho de pesquisadores "promovidos" a consultores? Assista o vídeo e conclua você mesmo.


Um comentário:

  1. Interessante o argumento do Philippe Aghion:

    "When you are in policy you have to be convinced of what you are doing, even if you are not totally sure, you have to show that you are totally sure, because you cannot implement policies if you hesitate much"

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