quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Sobre o Nobel de Economia

Está aberta a temporada de anúncio dos ganhadores do Prêmio Nobel. Já foram divulgados os nomes dos ganhadores dos prêmios de física, medicina e química. Resta saber quem vai levar a premiação em literatura e pela paz. E, é claro, resta saber também quem será o ganhador do Nobel em economia.

Ocorre que, a rigor, não existe um prêmio Nobel de economia: essa disciplina não foi mencionada no testamento de Alfred Nobel que estabeleceu a criação do prêmio. Porém, em 1968 o Sveriges Riksbank - o banco central da Suécia - decidiu fazer uma doação a Fundação Nobel para permitir a criação de uma premiação em memória de Alfred Nobel e destinada a homenagear os economistas que deram contribuições relevantes para o desenvolvimento de sua disciplina. Algo no mesmo espírito, portanto, do Prêmio Nobel de outras áreas. De lá para cá, a Real Academia de Ciências da Suécia já escolheu 69 ganhadores em 43 edições do Prêmio. No próximo dia 15 de outubro, segunda-feira, será indicado o nome do ganhador (ou dos ganhadores) do Prêmio em 2012. As apostas já estão abertas.

O que pouca gente sabe é que razões que levaram o banco central sueco a criar esse prêmio e que consequências ele teve para a profissão de economista. Esse é justamente o tema do comentário de Phil Mirowski no vídeo abaixo, que vale a pena ser visto, especialmente nesse período.




Philip Mirowski é professor de economia e de história e filosofia da ciência na University of Notre Dame. É o autor de alguns dos mais interessantes trabalhos em história do pensamento econômico, metodologia da economia e economia da ciência. De More heat than light (1989) a Machine dreams (2001), de The effortless economy of science? (2004) a ScienceMart™ (2010), sua pesquisa enfatiza as relações entre a economia e as outras ciências, bem como as relações entre essas disciplinas e o contexto social mais amplo em que se desenvolveram. Seu texto é sempre instigante e repleto de ideias novas e ousadas. Uma leitura que faz pensar, mesmo que nem sempre se possa concordar com o argumento. Para conhecer um pouco mais sobre sua biografia e seu trabalho, esse texto é um bom começo.

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